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May 20, 2007

São Miguel II ...

Dia 6 (Sexta):
Neste terceiro dia em S. Miguel aproveitamos para conhecer melhor a cidade, o principal centro populacional desta ilha açoriana. A monumentalidade dos seus edifícios mais antigos e o seu valor arquitectónico é fantástico, sendo eles hoje na sua maioria, redutos da vida política, administrativa, religiosa e cultural, não só micaelense, como também açoriana.
Começando pelas Portas da Cidade, verdadeiro ex-libris de Ponta Delgada com os seus três imponentes arcos construídos no séc. XVIII, convidando a um passeio cultural pela cidade, talvez mereçam especial destaque, pela sua importância e valor histórico: as três imponentes Igrejas paroquiais das três freguesias da cidade, a da Matriz de São Sebastião, a de São Pedro e a de São José; a Igreja São Pedro; o Convento e Capela de Nossa Senhora da Esperança; a Igreja do colégio; o Forte de São Brás; a Igreja de Santo Cristo; a Igreja de Nossa Senhora da Conceição; o Palácio de Sant’Ana; o Convento de Santo André... Além destes, outros há que, não possuindo a grandiosidade dos mencionados, apresentam no entanto curiosos exemplos de arquitectura urbana do séc. XVII ao XIX que completam o panorama arquitectónico de Ponta Delgada, merecendo por isso um pouco da nossa atenção.

Seguimos para Fãja de Baixo, onde visitamos uma plantação de ananás, um fruto que no século XIX surgiu como mais uma alternativa à praga que matou os laranjais, que permitiam que a ilha exportasse citrinos para Inglaterra e Norte da Europa. Hoje os Açores estão associados ao ananás, e, nas plantações, os produtores vendem directamente os seus produtos.
Demos um pulinho a Vila Franca do Campo. A subida à Ermida da Senhora da Paz, autêntico Santuário Mariano construído no cimo do monte proporciona uma excelente vista panorâmica sobre a vila, tendo por cenário de fundo o Ilhéu. O Ilhéu da Vila, Reserva Natural que dista cerca de 1 Km da costa e para o qual existe, diariamente e sobretudo no Verão, uma carreira de transporte regular de passageiros.




Dia 7 (Sábado):

Reservamos este "ultimo" para dar um saltinho à vila das Furnas, um paradisíaco Vale que constitui um dos principais cartazes turísticos, não só de São Miguel, mas também dos Açores. Depois de um belo repasto com o famoso Cozido das Furnas - que por cima estava delicioso - passeamos pela Lagoa das Furnas, envolta por bonitas e floridas margens que proporcionam momentos de repouso e de lazer de verdadeira tranquilidade e romantismo, onde a Zona das Caldeiras constitui uma autêntica “cozinha natural” ao permitir que, enterrando no solo panelas com os necessários condimentos devidamente vedadas e protegidas por sacas, se obtenham saborosos cozidos.
Seguimos para as Caldeiras, zona de manifestações de vulcanismo activo, onde de várias bocas brotam géiseres de água fervente e lamas medicinais e onde existe uma série de bicas vertendo águas minerais de diversos sabores e temperatura, o que faz das Furnas uma das mais ricas regiões hidrológicas da Europa.
Por fim seguimos para o extremo ocidental da ilha de S. Miguel, numa segunda tentativa de ver o esmeraldo anil duma lagoa lembra lendas inúmeras de Sete Bispos e Sete Cidades consumidas pelo fogo de Sete Vulcões.
Subindo da Várzea para o interior da ilha, em direcção à cumeada e desta descendo ao fundo da enorme caldeira que se nos depara, a pitoresca e atraente freguesia das Sete Cidades com as suas duas magníficas Lagoas, a Verde e a Azul, é razão forte para mais um inebriante momento de estreito contacto com a Natureza e com o de belo que ela nos pode dar.

Dia 8 (Domingo):
A manhã foi de despedida, de arrumar malas, de levar os últimos cheiros e sabores da nossa Atlântica. Almoçamos no centro de Ponta Delgada, no Restaurante Mercado do Peixe, um marco gastronómico na cidade...
Açores até um dia...

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