Translate

December 19, 2013

The motherhood...

Uma amiga no outro dia perguntava: 
Mas o que me preocupa mais és tu... Se te sentes bem? Se és feliz?
Se essa coisa de ser mãe é o suficiente para te sentires realizada?
Pode para alguns tal coisa até ser ridícula, mas para mim são perguntas tão validas como outras quaisquer... Aliás... só revela que tenho amigos que se preocupam deveras comigo! É que depois da nossa criaturinha nascer deixei de existir para o mundo, senão vejamos as chamadas telefónicas (ou por Skype), mensagens do Facebook e do telemóvel: 
Então como está o Sebastião?
Já cresceu? Oh como deve estar grande...
Já ri? Ai que amor... está tão lindinho e já brinca...
O menino está a chorar??? Oh... deve ser fome... Ou... O teu leite não presta...
Ou pataty, patatá...
A verdade é que tirando meia dúzia de pessoas que se contam pelos dedos da mão, todo o resto do mundo pergunta pelo Sebastião e eu, Carolina Mendonça, deixei de existir no âmbito das preocupações. Parece que o meu destino final era parir e que agora existo apenas como suporte alimentar e fonte de distracção para a pequena criatura... Ora então, vamos por fases:
1. Se te sentes bem?
Agora posso dizer que sim!!! Estou tão bem que quase me sinto pronta para outra...
... brincadeirinha....

O pós-parto foi tramadote, que como quem diz foi o cabo dos trabalhos, ou melhor das tormentas... Depois daquelas horas todas de parto pois claro que eu estava toda arrebentadinha!!! Não estava de todo preparada para o pós-parto da cesariana, e para ajudar à festa perdi montes de sangue depois da minha lontra nascer porque o útero não contraiu logo (o que agravou a minha anemia e meu deu um arzinho de morta-viva de tão pálida que estava...), fiz febre durante uns dias e inchei que nem um elefante nos pés e nas pernas (e quando digo um elefante não estou a brincar, os chinelos de quarto todos lindinhos que levei para a maternidade só me serviram no primeiro dia, depois andei de chinelos de praia, até sair... Aliás, fui com a lontrinha fazer o teste do pézinho, a chover, de chinelinho no pé...). A amamentação também foi um filme (um dia também hei-de escrever sobre isso...) e isto tudo combinado com o facto de chegar a casa e não conseguir fazer NENHUM, deixou-me completamente KO. Depois do choque, sim CHOQUE, dos primeiros dias, lá nos fomos ajustando a esta nossa nova vida e ao pequeno Sebastião que se tornou o centro de toda a nossa atenção e do nosso amor!

A outra prova que se seguiu foi ficar sozinha com a criaturinha 3 semanas... Se chorei??? Pois claro que sim... não tenho vergonha nenhuma de o admitir, os 2 ou 3 primeiros dias foram caóticos (filha da p*** das cólicas...) e havia alturas que ele chora e eu chorava também... Uma verdadeira simfonia ;) Acabamos por nos ajustar os dois, fizemos a nossa rotina, descobri que consigo fazer muitas coisas só com uma mão e com ele ao colo (até tirar as lentes...), descobri que jantar só cereais não é a pior coisa do mundo e que o velho ditado - O que não nos mata torna-nos mais fortes! - é das verdades mais verdades do mundo!

Por isso sim, agora que ele já dorme umas 7 horas seguidas (upiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...), que já passa o dia entre a espreguiçadeira e o parque, já ri bem mais do que o que chora (abençoado Biogaia...), agora que tudo já começa a entrar nos eixos, sim, tanto ao nível físico como ao nível emocional, sinto-me bem!!!

2. Se és feliz?
Pois que não podia ser outra coisa...
Se sempre soube que tinha o homem certo ao meu lado, a maternidade e o nascimento do Sebastião só o veio confirmar. O meu Bruno, foi desde o início um pai muito preocupado comigo, com a minha saúde, com o bem estar do feijão. Foi a todas as aulas de preparação, sempre atento e curioso, e esteve sempre comigo durante o parto (só não entrou na sala da cesariana porque não é permitido no hospital...) e durante todas as horas permitidas enquanto estive na maternidade. Em casa foi - e É - o super-homem, o super-pai, o super-marido, o super-amigo... Simplesmente super...

O meu Sebastião (agora livre das cólicas...) é o rapaz mais giro, SIM O MAIS GIRO E NÃO SE FALA MAIS NISSO, do mundo e arredores, o mais doce, o mais fofinho, o meu mais que tudo...

Por isto tudo, e por acordar todos os dias ao lado dos meus homens, sim... SOU FELIZ!!!

3. Se essa coisa de ser mãe é o suficiente para te sentires realizada?
Por agora sim... Não digo que de futuro não queira fazer uma outra coisa qualquer. Se me perguntarem, Então e o que é que fazes? Podem sujeitar-se a ouvir de resposta:
Eu sou mãe, mulher e dona de casa nos tempos livres...
E sou muito, muito feliz

2 comments:

Gabi said...

Também fazem-te com cada pergunta... ;)

Carolina Mendonça said...

Realmente... ;)