"Quando se escolhe (ou se é obrigado a escolher) viver fora, decide-se estar sempre longe. Longe de casa (até que a nova se torne nossa), da família, que passamos a ver apenas de vez em quando e não sempre que nos apetece, dos amigos, que muitas vezes se perdem nas horas de voo, e das pequenas coisas que faziam parte da rotina que, tantas vezes, maldissemos.Em vivendo longe, aprendemos a dar valor a coisas que nos passavam ao lado, até por as tomarmos como garantidas.Por mais distantes que estejamos de Portugal, não tanto pela geografia como pelas emoções, não deixamos de levantar a cabeça quando vemos uma bandeira ou de aumentar o volume do rádio, ainda que apenas por alguns segundos, se passa aquela canção.Não sou nada nostálgico, e no dia-a-dia irrito-me muito mais do que me comovo com as portugalidades (e também por esse sentido critico, de quem nunca está bem como está, sou português), mas percebi o que significa essa palavra que, mesmo sem darmos conta, trazemos connosco, gravada na genética."
In Público
2 comments:
Olá Carolina hoje fui à Jussara e gostei muito, obrigada pela dica! Bjs
;)
De nada, beijinhos.
Post a Comment