Confesso que vi isto e que caíram umas lágrimas...
Não tenho 36, mas caminho para os 31 e sou JOVEM...
Lembro-me de há uns tempos, tenho ideia que por alturas do Natal, ouvir da boca da minha sogra (ainda emigrante em França deste mais ou menos os seus 20...) umas palavras emocionadas sobre esta vida de emigrante, esta vida que agora também é do seu filho, talvez seja num futuro a do seu outro filho, a minha, a nossa.
Emigramos sem filhos, e quando eles nasceram pensamos que seria por pouco tempo... até lhes poder dar uma vida melhor... Eles começaram a crescer e foram enviados para Portugal, para juntos dos avós, porque não valia a pena ficarem integrados aqui, porque seria por pouco tempo... até lhes poder dar uma vida melhor...
Agora, com um filho com 35 (emigrado há já quase 3...) e um com quase 38 (que vê as suas perceptivas futuras no nosso país decrescerem, não a cada dia, mas quase quase a cada minuto...) fala cheia de emoção sobre esta nossa vida de emigrante... Este vida que é a dela há mais de 30 anos, e que agora é também a nossa...
1 comment:
É um discurso tocante, sem dúvida.
Eu também sou uma jovem de 36 anos e há 1 ano vi-me praticamente "empurrada" para sair de Portugal pelo futuro negro que já se via à distância.
E a verdade é que agora vejo que, mesmo que quisesse voltar para a Madeira, não tinha ao que voltar. Não vejo como poderia recomeçar uma vida lá. É triste. Mas mesmo assim, e ironicamente, devo considerar-me uma sortuda.
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