Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido pelo pseudónimo de Le Corbusier, (La Chaux-de-Fonds, 6 de Outubro de 1887 — Roquebrune-Cap-Martim, 27 de Agosto de 1965) foi um arquitecto, urbanista e pintor francês de origem suíça. É considerado juntamente com Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto, Mies van der Rohe e Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitectos do século XX. Aos 29 anos mudou-se para Paris, onde adoptou o seu pseudónimo, que foi buscar ao nome do seu avô materno. A sua figura era marcada pelos seus óculos redondos de aros escuros. Morreu por afogamento em 27 de Agosto de 1965.
Arquitectos portugueses e estrangeiros participam terça e quarta-feira num seminário, em Lisboa, sobre a importância do legado de Le Corbusier para o pensamento de outros arquitectos e outros modos de produzir arquitectura.
O Seminário Internacional "Rethinking Le Corbusier" decorre até quarta-feira no Museu da Electricidade, organizado pela Ordem dos Arquitectos no âmbito da grande retrospectiva sobre o arquitecto francês de origem suíça que inaugurou dia 19 de Maio no Museu Colecção Berardo, no Centro Cultural de Belém (CCB).
João Rodeia, Ana Tostões, Beatriz Colomina, Stanislaus von Moos, e William Curtis serão alguns dos conferencistas portugueses e estrangeiros presentes neste seminário, que recordará o artista como um dos que marcou de forma indelével o século XX.
"Através dos seus escritos, dos seus edifícios, dos seus planos, da sua pintura, assume papel fundamental na história da modernidade. A sua obra de carácter inovador, questiona princípios e modelos de pensar arquitectura, participando numa vanguarda que teve grande repercussão e deixou um enorme legado para a história e crítica da arquitectura", refere José Manuel Rodrigues, da OA, numa nota sobre o encontro.
O objectivo da OA é, à luz da contemporaneidade, "voltar a falar da sua obra e do seu legado, questionando um princípio que, para quem se interessa verdadeiramente pelas questões da arquitectura, é fundamental para a sedimentação da prática do ofício: a recta do tempo e o olhar crítico perante a história".
A entidade propõe-se ainda debater e dar a conhecer o legado da obra de Le Corbusier na arquitectura portuguesa, tendo para tal estruturado dois módulos de debate sobre o tema, e um conjunto de visitas guiadas a algumas obras emblemáticas dessa influência, em Lisboa.
A vasta obra de Le Corbusier abrange um período de 60 anos, desde os seus primeiros trabalhos na sua cidade natal suíça, La Chaux-de-Fonds, passando pelos edifícios cúbicos da década de 20, nomeadamente a icónica Villa Savoye (1928-31), culminando com as suas últimas obras, das décadas de 50 e 60, das quais a Capela de Ronchamp (1950-55) e os edifícios da cidade indiana de Chandigarh (1952-1964) são exemplos.
Quanto à exposição no Museu Colecção Berardo, intitulada"Le Corbusier, Arte da Arquitectura", contém maquetas, pinturas, esculturas, desenhos e edições originais do arquitecto, urbanista, pintor, designer e coleccionador francês de origem suíça conhecido pelo pseudónimo Le Corbusier. A mostra, criada pelo Vitra Design Museum (Alemanha) em colaboração com o Royal Institute of British Architects (RIBA) e o Netherlands Architecture Institute (Holanda), estará no Museu Colecção Berardo, no Centro Cultural de Belém, até 17 de Agosto, partindo depois para Liverpool, Capital Europeia da Cultura, encerrando, posteriormente, em Londres.
Dividida em três módulos independentes - "Contextos", "Privacidade e Publicidade" e "Arte Construída" -, a mostra foca igualmente os grandes temas do trabalho do arquitecto, nomeadamente, o seu interesse pelo Mediterrâneo e pelo Oriente, as formas orgânicas, na década de 30, bem como a utilização e exploração de novas tecnologias e dos media.
In: 26.05.2008 - 17h36 Lusa
1 comment:
CAROLINA ACHEI SUA REPORTSGEM MUITO BOA, SOU ESTUDANTE DE ARQUITETURA E ESTOU CONHECENDO UM POUCO DESSE INCRIVEL HOMEM.
FIQUEI COM UMA ENORME VONTADE DE IR NESSE SEMINARIO, MAIS COMO ESTOU MUITO LONGE, NIO BRASIL PARA SER MAIS PRECISO,RSRSR..NAO DEU
MAIS FICO COM ESSE MARAVILHOSO TEXTO REDIGIDO POR VOCÊ.
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