Translate

December 19, 2006

Também os romanos passaram por aqui...

Designação: Ereira
Tipo de sítio: Via
Cronologia: Romano
Classificação: Imóvel de interesse público
Localização: Aveiro, Sever do Vouga, Talhadas, Ereira
Coordenadas UTM: 4502,9/559,5
Descrição: Os lugares de Doninhas e Ereira são honrados com a presença de um troço de Via Romana, parcialmente destruído, que durante séculos foi trilhada pelas legiões que nesta parte da Lusitânia mantinham o poder de Roma. Este troço fazia a ligação entre o nó de Viseu e a estrada de Olisipo/Bracara, isto é Lisboa/Braga, pertencente à rede viária romana – séculos II e IV. Esta via entroncava na estrada Olisipo/Bracara na zona do Cabeço do Vouga, passando por Talhadas, Benfeitas, Reigoso, S. Pedro do Sul e Viseu.
Trabalhos realizados: Sondagem 1992 (início:20-04-1992 – fim:24-04-1992): Este trabalho teve como objectivo verificar a existência ou não de um troço viário romano. Efectuaram-se duas sondagens com 300 cm x 150 cm. A primeira evidenciou a cerca de 40 cm de profundidade, vestígios de uma via antiga, com características tipológicas romanas. A segunda revelou a inexistência de vestígios da via. Ao afloramento xistoso sobrepõe-se uma camada de terra uniforme, colocada intencionalmente, anos atrás, para regularização do pavimento. Conservação e Restauro/1995 (início:10-04-1995 – fim:31-08-1992): Como objectivo, este trabalho, orientado pelo arqueólogo Dr. Paulo César dos Santos, teve o intuito de proceder à limpeza e consolidação do troço, de aproximadamente 230 metros, tendo em vista a valorização do monumento. Foram possíveis de constatar, no decorrer dos trabalhos, a existência de dois tipos diferenciados de cobertura do corpo da via: na área de maior declive, uma cobertura do corpo da via com grandes lajes de granito, algumas das quais com 1,10 metros de comprimento por 0,80 metros de largura a cerca de 0,70 metros de profundidade, por outro lado, numa zona em que o declive não é tanto acentuado, recorreu-se a outra estratégia, rasgou-se o afloramento rochoso, ficando o corpo da via naturalmente pavimentado. Nos locais onde não existia este afloramento rochoso, os espaços foram preenchidos com uma argamassa muito forte, constituída por uma mistura de pequena pedras, fragmentos muito reduzidos de cerâmica e argila.
Ref. Bibliográficas: Desconhecidas

2 comments:

Anonymous said...

Bem minha cara Pi, estou a ver que andas mesmo a promover a arquitectura, arqueologia e história da tua terra! Muito bem, acho essa divulgação excelente, primeiro porque toda a gente deve ter orgulho nas suas raízes e depois porque prestas serviço comunitário na medida em que nos informas a todos de pedaços da nossa história deste nosso país que desconhecemos :)

PS - Imóvel de Interesse Público? Se queres ainda mais rigor substitui o "Imóvel" por "Prédio Rústico" :P

Carolina Mendonça said...

Mas que mania que os advogados têm de ser do contra...
Mas pq?